EMOCOMPSI

Não somos de ferro...

Ao longo da nossa vida, quantas vezes vamos ao médico? Seja por algum sintoma, uma infecção, um machucado, um check up, uma dor, ou até mesmo um desejo de melhorar algo no corpo.

Se pararmos para pensar, vários são os motivos que nos levam a buscar um médico, um especialista, que possa nos orientar e nos ajudar a ficar mais saudáveis, a nos sentir melhor e felizes com nosso corpo.

Embora tais visitas aconteçam com certa frequência (uns mais outros menos), ouso dizer que somos privilegiados. Por mais que exista alguma coisa que possa nos incomodar ou que ainda não esteja à altura da nossa vontade, temos um corpo que é uma máquina fantástica e incrível. Pode até ser que ela apresente “alguns problemas”, mas, ainda assim, sua eficiência, ultrapassa qualquer comparação que possamos fazer.

Umas máquinas mais fortes, outras mais potentes e resistentes, algumas maiores, outras compactas, mais robustas ou mais leves, umas mais funcionais que outras, umas mais novas outras mais velhas…

Cada uma com suas características e embora alguns de seus habitantes não reconheçam, elas possuem infinitos recursos, têm códigos de programação abertos (embora nem todos tenham sido decifrados pelo homem), são autogerenciáveis, podendo ser configuradas e reconfiguradas a qualquer momento. Cada uma com suas peculiaridades e com diversas capacidades, sendo algumas ainda desconhecidas.

Trazendo isso para nossa realidade, inicialmente pode parecer utópico e fictício a analogia, considerando nossas dificuldades, limitações e imperfeições e talvez o seja, a depender da forma que administramos nossas demandas.

Se reconhecemos as fragilidades do nosso corpo e vamos ao médico para cuidar das demandas físicas, por que não fazemos o mesmo com as necessidades emocionais? Temos à nossa disposição profissionais que podem nos ajudar a transformar nossas dificuldades e limitações em algo que seja menos desagradável, empoderador e mais saudável.

Corpo e mente, quando em sintonia e em pleno funcionamento, podem fazer um trabalho incrível e o que parecia intangível pode ser experimentado. Não duvide do poder da sua máquina e da sua capacidade exclusiva de autorregulação, mesmo em situações adversas.

Tal qual algumas feridas físicas cicatrizam sozinhas, com as feridas e dores emocionais não é diferente. Entretanto, assim como dependendo da intensidade ou forma que aconteceu a ferida precisamos ir ao médico, para cuidar melhor das demandas emocionais, também temos profissionais especializados quem podem nos auxiliar.

Se por algum motivo sua máquina está apresentando sinais e sintomas que estejam influenciando sua saúde emocional e seu bem-estar ou sua saúde, lembre-se que como as feridas físicas, as feridas emocionais podem ser curadas e a vida pode, sim, ser bem melhor, mais prazerosa e menos sofrida.

E se sua máquina está emitindo sinais de alerta, atenção! Procure médicos e/ou psicólogos que possam te ajudar. Permita-se viver uma vida melhor! Eles te ajudarão a manter, prevenir, melhorar ou resgatar sua saúde. Te ajudarão a desenvolver, instalar ou ampliar seu senso de capacidade e potência frente aos desafios da vida. Podem te ajudar a restaurar suas feridas, cuidar devidamente da sua autoestima e resgatar sua paz e equilíbrio interior.

Além disso, você poderá trabalhar emoções e sensações desagradáveis como: angústia, desesperança, desamparo, solidão, desânimo, culpa, raiva, vergonha, ou possíveis medos que possam existir; você pode aprender a lidar melhor com a insegurança, incerteza, tristeza, vazio, ansiedade, preocupações, instabilidade, agitação, pressões, cobranças, falta de controle, stress, sobrecarga, falta de reconhecimento e dores.

A ajuda de um profissional capacitado pode ser decisiva! Como diz o velho ditado, “não somos de ferro” e precisamos olhar para nossas necessidades, afinal, a vida pode ser bem melhor.

Louana Pires
Psicóloga CRP-01/15342